Hello meu povo!
Quando o assunto é autor favorito, existe um nome que não sai do meu top um. Sidney Sheldon foi o primeiro escritor pelo qual me apaixonei, foi através de uma de suas histórias que descobri minha obsessão pela leitura e por isso, o tenho na mais alta conta. E apesar disso, o passar implacável dos anos me levou a negligenciar suas obras. Sempre sonhei em ler/ter tudo do Sidney, mas por estar sempre atenta as novidades acabei me perdendo de alguns objetivos antigos. Contudo, estou determinada a resgatar alguns projetos que deixei pra trás, e isso nos trás ao post de hoje. A outra face, vencedor do prêmio Edgard Allan Poe na categoria romance de estreia e romance do ano, foi publicado na década de setenta e é o responsável por apresentar ao mundo um dos maiores escritores de suspense de todos os tempos.
A Outra Face (The Naked Face)
ISBN: 9788501094360 |
Skoob Gênero: Suspense
Ano: 2011
Páginas: 239
Minha avaliação: 3/5★
A outra face é um thriller psicologicamente intenso. Vencedor do Edgar Allan Poe, um dos mais importantes prêmios para escritores de mistério e suspense, o livro conta a história de Judd Stevens. Psicanalista bem sucedido, ele se vê subitamente imerso numa rede de intrigas que pode lhe custar a liberdade... e a vida. Duas pessoas de seu circulo pessoal foram assassinadas. Terá sido obra de algum de seus pacientes? Talvez um neurótico movido por uma louca compulsão? Entre os suspeitos estão uma atriz decadente e ninfomaníaca, um pai de família com tendências homossexuais, um empresário problemático, uma jovem misteriosa e, por que não, até mesmo o próprio Dr. Stevens... Se não conseguir penetrar na mente deste perigoso assassino, o psicanalista pode ser preso. Ou, algo ainda mais aterrador, ele pode ser a próxima vítima. Antes que o assassino volte a atacar, Dr. Stevens precisa revelar sua identidade e expor suas emoções, medos e desejos.
Li este livro pela primeira vez há vários anos, tantos que, durante esta releitura, parecia que eu o estava lendo pela primeira vez. Foi incrível poder me surpreender novamente com cada descoberta. Mas além das boas surpresas, pude perceber algumas problemáticas na narrativa que não me chamaram tanto a atenção durante a primeira leitura. O Tenente McGreavy, responsável pela investigação dos assassinatos, protagoniza pelo menos meia dúzia de falas homofóbicas e racistas, e estas surgem no texto sem muito propósito, além de claramente retratar o cenário preconceituoso no qual a história se desenrola e de destacar a personalidade tosca do policial, além disso, Judd faz um mal julgamento de valor, que está diretamente ligado ao fato da vítima de seu escrutínio ser gordo, e por fim, uma das questões que mais me incomodou, foi o fato de um dos pacientes do psicanalista, estar se tratando com ele em busca da "cura gay", e não apenas isso, durante a história afirma-se que o dito cujo alcançou seu objetivo e após ser "curado da sua homossexualidade" está novamente apto para coabitar com seus familiares (esposa e filhos), tirando esta última questão, nenhuma das demais é romantizada, mas tão pouco problematizada de fato. Óbvio que levei em conta a época em que o livro foi escrito e como essas questões eram vistas, mesmo assim finalizei a leitura com sérias dúvidas quanto ao real posicionamento do autor, inclusive é algo que pretendo pesquisar mais a fundo.