[Resenha] O impulso - Ashley Audrain

18 de janeiro de 2021

Hello peoples!
Hoje vamos falar sobre O impulso, o livro de estreia da Canadense Ashley Audrain. Este livro me foi apresentado através de uma ação da editora Paralela, que ocorreu algumas semanas atrás, e desde então tenho falado bastante sobre ele, isso porque as temáticas me interessam bastante. Desde que me tornei mãe, fui apresentada a uma realidade completamente diferente de tudo que já havia vivido antes, descobri o amor incondicional e abnegado, renunciei, me dediquei, e todos os dias sou e faço mais do que jamais imaginei ser capaz. Mas tudo isso tem um preço alto, que eu pago muitas vezes sem reclamar. A exaustão, a ausência de mim mesma e a dependência, são a parte não mencionada da rotina de uma mãe, porque no fim tudo compensa, porque o sorriso, o abraço e o cheiro da cria, bastam pra jogar todo o resto pra baixo do tapete. Só que, embora não tenhamos sido ensinadas a admitir, mesmo bem guardados, os conflitos existem e mais cedo ou mais tarde conseguem chegar a superfície. Diante disso, querer conhecer a história de Blythe foi algo inevitável, e embora a experiência geral dela seja diferente da minha, ainda consegui me identificar com muitas situações pelas quais ela passou. Por essas e por outras este certamente é um livro que vou indicar sempre que possível, a todos que queiram entender nem que seja um pouquinho do que é maternar.

O impulso (The push)
Autor (a): Ashley Audrain @audrain
Publicação: Paralela *ARC
ISBN: 9788584391981 | Skoob
Gênero: Mistério +16
Ano: 2021
Páginas: 328
Minha avaliação: 4/5★
Amazon | Submarino
Blythe Connor está decidida a ser a mãe perfeita, calorosa e acolhedora que nunca teve. Porém, no começo exaustivo da maternidade, ela descobre que sua filha Violet não se comporta como a maioria das crianças. Ou ela estaria imaginando? Seu marido Fox está certo de que é tudo fruto do cansaço e que essa é apenas uma fase difícil. Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade. Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?

Este livro contém assuntos sensíveis/gatilhos: depressão pós-parto, abandono afetivo e trauma familiar

Quem é mãe sabe que a maternidade possui desafios que são infligidos única e exclusivamente as mães. Quem já pariu, passou pelo puerpério, pela amamentação seja ela bem sucedida ou não, pela instabilidade hormonal, pelas auto cobranças, pelos medos, dúvidas e pelas inseguranças, quem já se anulou em prol da cria, quem já chorou de desespero, quem já se culpou por errar, quem já quis fugir... Quem é mãe sabe que existem dores que ninguém mais é capaz de sentir e por mais que se tente falar a respeito, colocar pra fora o mundo que se forma dentro de nós após a maternidade, ninguém além de outra mãe consegue de fato se familiarizar. Muitas pessoas fingem que sim, outras não se privam de julgar, mesmo sem ter parâmetro algum para isso, e outras tantas sequer tem interesse em questões tão pessoais e distantes de sua própria realidade. Quem é mãe com certeza sabe, que a maternidade não romantizada é um tabu. Gerar, parir e alimentar outro ser humano é uma bênção, e tudo que vá contra isso é abominável e veementemente rejeitado. Quem é mãe sabe, que existe essa ligação natural e essa necessidade implacável de bastar, sabe também que amar dói, na carne e na alma.

Séries literárias: Os Bridgertons

16 de janeiro de 2021

Olá pessoas!
Já faz um tempão que não posto essa coluna por aqui e de verdade nem imaginava que vocês curtiam tanto. Este ano decidi ficar mais atenta ao blog e os números não mentem, todos os dias as postagens da Séries Literárias são visitados, inclusive um deles é o post com maior número de visualizações de toda a história do Nosso Mundo Literário. Isso me incentivou a melhorar ainda mais, e por isso minhas publicações ficarão mais completinhas, espero que gostem. E marcando nosso retorno, trago nada mais nada menos que a série do momento. Recentemente Os Bridgertons alçou voos altos e conquistou inúmeros novos fãs, eu no entanto, apesar de pouco ter falado sobre por aqui, acompanho a série desde que chegou aqui no Brasil. Então, em reparação a dívida que possuo com essa série, decidi criar uma série de posts sobre o maravilhoso universo criado pela Julia Quinn, e este será o ponto de partida, onde eu concentrarei os demais links conforme publicados. Dito isso, vamos ao que interessa.


O impulso, aposta do ano da editora Paralela chega as livrarias este mês

6 de janeiro de 2021

Olá cariños!
Eu não tenho dúvidas que este será um ano de grandes novidades no meio editorial. Depois de um período extremamente conturbado, onde tivemos uma redução drástica nas publicações, eis que surgem uma infinidade de propostas empolgantes. E como prova de que estou certa, hoje vamos falar de um lançamento em especial que chamou a atenção de vários editores mundo a fora. O impulso, livro de estreia da Canadense Ashley Audrain, chega ao Brasil como a grande aposta do ano da editora Paralela, um importante selo do Grupo Companhia das Letras. Mas não poderia ser diferente, uma vez que desde a sua apresentação em 2019, este livro vem se mostrando uma enorme promessa de sucesso. Após ter os direitos comprados por mais de 25 países em apenas duas semanas, O impulso tornou-se a estreia mais aguardada de 2021.


[Resenha] Alena - Kim W. Andersson

4 de janeiro de 2021

Olá cariños!
Hoje é dia de falarmos sobre Alena, uma grafic novel sueca que promete suspense, mistério e terror. Imagino que isso somado a esta capa sangrenta e o aviso de conteúdo sensível que deixei mais abaixo cause certo receio em alguns leitores em potencial, e embora a história não traga de fato o que há de pior do gênero, longe disso, preciso deixar claro que suas abordagens podem sim, causar certo desconforto. Em uma mistura de Carry a estranha e Meninas malvadas, Kim W. Andersson entrega um drama adolescente perturbador, que aborda a descoberta da sexualidade, auto aceitação, preconceito, luto, entre outras questões. Lançada originalmente em 2012, Alena foi a HQ responsável por trazer visibilidade internacional ao seu autor, chegando a conquistar o The Adamson Statue, prêmio de quadrinhos mais prestigiado da Suécia, chegou aos EUA pela Dark Horse, editora de séries famosas como Hellboy e Conan. Diante do sucesso alcançado em seu país de origem não é de se surpreender que anos após sua publicação a obra tenha ganhado uma adaptação, esta por sua vez, não tão bem avaliada.

Alena (Alena)
Autor (a): Kim W. Andersson @kimwandersson
Ilustrador (a): Kim W. Andersson
Publicação: Avec Editora
ISBN: 9788567901671 | Skoob
Gênero: Suspense +16
Ano: 2017
Páginas: 120
Minha avaliação: 3/5★
Amazon | Submarino
A vida de Alena é um inferno. Desde que começou a estudar em um colégio cheio de colegas esnobes, ela sofre bullying de Filippa e das outras meninas do time de lacrosse. A melhor amiga de Alena acha que já chega de aguentar todo esse abuso. Seja da conselheira, do diretor, de Filippa ou de qualquer outra pessoa nessa escola repulsiva. Josefin promete resolver o assunto por conta própria a menos que Alena dê o troco. Só existe um problema: Josefin está morta há um ano.

Este livro contém assuntos sensíveis/gatilhos: Suicídio, violência física e psicológica, e bullying

Há quem tenha se frustrado com a previsibilidade dessa história, acredito que os amantes do terror visceral de fato não tenham encontrado aqui o que procuravam, mas isso não torna o enredo menos inquietante. Quando se acompanha a trajetória, mesmo breve, de uma adolescente que é levada ao limite repetidas vezes e de formas tão perversas, um alerta vermelho se acende instantaneamente dentro de nós. Essa foi uma daquelas leituras que iniciei de forma despretensiosa, era apenas uma lida rápida ao fim de um dia exaustivo, mais para somar em número que em qualquer outra coisa (desculpa, eu faço isso as vezes) e apesar de não ter sido uma experiência épica, admito que teve seu valor. Anderson possui traços marcantes que somados a escrita direta nos faz quase sentir na pele o desespero da personagem. Talvez as temáticas mais importantes não tenham sido abordadas da melhor forma possível, e por isso soem sensacionalistas aos olhos de quem realmente entende de tais assuntos, mas eu sendo leiga, consegui submergir o suficiente para me deixar impressionar com o conjunto da obra.