2 de fevereiro de 2021
Releases FEV/2021
18 de janeiro de 2021
[Resenha] O impulso - Ashley Audrain
Blythe Connor está decidida a ser a mãe perfeita, calorosa e acolhedora que nunca teve. Porém, no começo exaustivo da maternidade, ela descobre que sua filha Violet não se comporta como a maioria das crianças. Ou ela estaria imaginando? Seu marido Fox está certo de que é tudo fruto do cansaço e que essa é apenas uma fase difícil. Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade. Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?
Este livro contém assuntos sensíveis/gatilhos: depressão pós-parto, abandono afetivo e trauma familiar
Quem é mãe sabe que a maternidade possui desafios que são infligidos única e exclusivamente as mães. Quem já pariu, passou pelo puerpério, pela amamentação seja ela bem sucedida ou não, pela instabilidade hormonal, pelas auto cobranças, pelos medos, dúvidas e pelas inseguranças, quem já se anulou em prol da cria, quem já chorou de desespero, quem já se culpou por errar, quem já quis fugir... Quem é mãe sabe que existem dores que ninguém mais é capaz de sentir e por mais que se tente falar a respeito, colocar pra fora o mundo que se forma dentro de nós após a maternidade, ninguém além de outra mãe consegue de fato se familiarizar. Muitas pessoas fingem que sim, outras não se privam de julgar, mesmo sem terem parâmetro algum para isso, e outras tantas sequer tem interesse em questões tão pessoais e distantes de sua própria realidade. Quem é mãe com certeza sabe, que a maternidade não romantizada é um tabu. Gerar, parir e alimentar outro ser humano é uma bênção, e tudo que vá contra isso é abominável e veementemente rejeitado. Quem é mãe sabe, que existe esse ligação natural e essa necessidade implacável de bastar, sabe também que amar dói, na carne e na alma.
16 de janeiro de 2021
Séries literárias: Os Bridgertons
6 de janeiro de 2021
O impulso, aposta do ano da editora Paralela chega as livrarias este mês
4 de janeiro de 2021
[Resenha] Alena - Kim W. Andersson
A vida de Alena é um inferno. Desde que começou a estudar em um colégio cheio de colegas esnobes, ela sofre bullying de Filippa e das outras meninas do time de lacrosse. A melhor amiga de Alena acha que já chega de aguentar todo esse abuso. Seja da conselheira, do diretor, de Filippa ou de qualquer outra pessoa nessa escola repulsiva. Josefin promete resolver o assunto por conta própria a menos que Alena dê o troco. Só existe um problema: Josefin está morta há um ano.
Este livro contém assuntos sensíveis/gatilhos: Suicídio, violência física e psicológica, e bullying
Há quem tenha se frustrado com a previsibilidade dessa história, acredito que os amantes do terror visceral de fato não tenham encontrado aqui o que procuravam, mas isso não torna o enredo menos inquietante. Quando se acompanha a trajetória, mesmo breve, de uma adolescente que é levada ao limite repetidas vezes e de formas tão perversas, um alerta vermelho se acende instantaneamente dentro de nós. Essa foi uma daquelas leituras que iniciei de forma despretensiosa, era apenas uma lida rápida ao fim de um dia exaustivo, mais para somar em número que em qualquer outra coisa (desculpa, eu faço isso as vezes) e apesar de não ter sido uma experiência épica, admito que teve seu valor. Anderson possui traços marcantes que somados a escrita direta nos faz quase sentir na pele o desespero da personagem. Talvez as temáticas mais importantes não tenham sido abordadas da melhor forma possível, e por isso soem sensacionalistas aos olhos de quem realmente entende de tais assuntos, mas eu sendo leiga, consegui submergir o suficiente para me deixar impressionar com o conjunto da obra.