[Resenha] Canção da Rainha - Victoria Aveyard

24 de janeiro de 2016

Olá cariños!
Sabe quando você entra no clima de uma história e quer saber tudo que for possível a respeito dela? Estou assim, entrei na vibe de A rainha vermelha e quero ler tudo que tenha a ver com ela. Sendo assim, a resenha de hoje é de um conto, que trás a história de Coriane, primeira esposa do rei Tiberias VI e mãe do príncipe herdeiro Tiberias VII ou simplesmente Cal para os mais íntimos. Chega mais e vamos conhecer essa história.

Canção da rainha (Queen Song)
Coleção: A rainha vermelha #0.1
Autor (a): Victoria Aveyard @VictoriaAveyard
Publicação: Seguinte
ISBN: B016OX9W2S | Skoob
Gênero: Fantasia
Ano: 2015
Páginas: 51
Minha avaliação: 5/5★
Ainda jovem, Coriane Jacos foi obrigada a se mudar para o palácio real e lutava para lidar com os perigos e armadilhas do convívio com as outras Grandes Casas. A garota e o então príncipe herdeiro ficaram cada vez mais próximos, provocando a inveja e o ciúme de outras jovens da nobreza, sobretudo Elara Merandus — que tinha o poder assustador de entrar na mente das pessoas. Apaixonado, o príncipe descartou a Prova Real e escolheu Coriane como sua esposa, mas a vida da jovem rainha estava muito longe do tradicional “felizes para sempre”…
Já havia percebido em A rainha vermelha, que os prateados não são tão fortes como querem que todos pensem. O que eu não tinha visto tão de perto e com extrema nitidez, é o quando podem ser sórdidos e desumanos, em Canção da rainha temos acesso a história da primeira esposa do rei Tiberias VI, a rainha Coriane que registrou seus sentimentos mais íntimos em um diário que ganhou do irmão Julian, seus pensamentos ocultos que ninguém mais poderia saber são compartilhados conosco, nos enchendo de uma melancolia sem tamanho.

Viver em Archeon não é seguro nem mesmo para os prateados, principalmente se ousarem chamar a atenção da pessoa errada. Após uma fatalidade, Coriane Jacos vê sua vida mudar completamente, obrigada a abandonar a casa em que passou a vida em uma província humilde, a jovem é levada para a corte, pois lá seu pai será o novo chefe da casa Jacos e governador do reino, o que promete aliviar o estado de falência iminente em que eles tem vivido nos últimos anos. A chegada da jovem cantora em Archeon não é tão imperceptível como ela imaginava. Logo de cara a ela encanta o príncipe herdeiro Tibérias VI e ganha a inimizade polida de Elara Merandus, uma prateada que ambicionava tornar-se rainha um dia. A pressão em cima de Coriane é tamanha, que apesar dela tentar aparentar força e determinação é perceptível sua fragilidade diante da luta de poderes e influências que é travada ao seu redor.

O ritmo desse conto segue o do livro principal, a escrita envolvente ainda está presente, desta vez no entanto, narrando um drama enorme, confesso que inicialmente não acreditei que a leitura fosse fluir, mas demorei muito pouco para perceber que a história de Coriane tinha muito a nos oferecer. Uma jovem de natureza insegura e solitária, foi atirada aos lobos, sem nem saber direito como se defender. Afinal, ela tinha apenas quinze anos e nunca contou realmente com o apoio do pai que estava ocupado demais perdendo toda a credibilidade que ganhou com o novo cargo, nem mesmo Julian era uma opção muito viável para que ela pudesse desabafar seus medos e anseios, diante da pouca influência que o rapaz possuía acredito que seria um desgaste desnecessário para Coriane envolver o irmão mais velho em seus problemas. Mesmo sua melhor amiga Sara Conors tinha seus próprios problemas e sonhos, dessa forma ela optou por desabafar apenas com um diário. Desde o instante em que o príncipe colocou os olhos nela, Coriane foi tomada por uma alegria imensa e ao mesmo tempo, por um medo sem tamanho, assombrada diariamente por terríveis pesadelos, foi tragada pouco a pouco para um poço cada vez mais fundo.

Apesar de perceber e compreender as limitações da jovem, não consigo aceitar o rumo que as coisas foram tomando. Não paro de me perguntar, como ninguém percebeu o que estava acontecendo? Mas como em toda obra muito bem escrita não há margem para dúvidas. Todo mundo tinha sua própria vida e seus próprios problemas. Vocês devem estar se perguntando, mas e Tibe? Porque Coriane não lhe contou seus medos, suas dúvidas e desconfianças? Eu gritava internamente, conta pra ele, conta pra ele... Mas no fundo assim como ela eu não conseguia enxergar o que ele poderia fazer, em meio a tanta conveniência, jogos de influência e falsidade, era muito pouco provável que Tibe conseguisse perceber ou fazer algo para ajudar sua amada.

A dissimulação de certos personagens foi uma das coisas que mais me desesperou até agora. Como dá raiva ler a tal da Elara (acho que de longe, é a personagem que mais odiei na vida), sendo cruel e hipócrita, ôh mulherzinha intragável! Por outro lado amei conhecer o avô de Cal, o rei Tiberias V (todos os primogênitos se chamam Tiberias rsrs) e seu amante príncipe Albert, que na minha opinião é o personagem mais carismático do conto, um jovem amável e cheio de vida, e para não perder o costume, invejado por muitos, pois mesmo sendo o amante do rei possui um lugar de destaque na corte, bem como detém além do amor do rei, o carinho da rainha e do príncipe.

Para concluir, a história está mais que recomendada, por se passar antes de A rainha vermelha, esse conto esclarece pontos importantes para que possamos compreender melhor a história principal. Eu já desconfiava de boa parte dos fatos, mas foi super válido me aprofundar melhor nesse lado obscuro do enredo.

3 comentários

  1. Oi, Delmara!
    Quando li esse conto, ele demorou a deslanchar a leitura e quase desisti.
    Gente, essa rainha é muito trouxa. Na moral... Acontecia algumas coisas com ela que eu não conseguia acreditar que ela iria deixar daquele jeito.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Você é igual eu, quando descobre um livro bom, procura outros contos, outros do mesmo autor, tudo que possa ajudar e acrescentar mais no livro principal, a gente procura, né? Como falei na resenha de A Rainha Vermelha, ando com muita vontade de ler. Esse conto é curtinho e tem outra capa linda também, né? Adorei, já quero também.

    Tá rolando uma pesquisa de público lá no Quinta Gaveta! Sua opinião é muito importante pra gente.
    Beijo, Selma Barbosa | Quinta Gaveta

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  3. Oi Delmara!
    Eu ainda não li nada sobre A Rainha Vermelha porque estou esperando os outros livros da trilogia serem lançados. Quero conferir as opiniões antes de me aventurar. Cansei de começar series/trilogias que tem bons primeiros livros e o resto é uma decepção, rsrs
    Enfim...por não saber muito sobre a trama, fiquei meio perdida nos seus comentários, mas que bom que o conto foi uma leitura válida.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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