Eis que eu ainda sigo na minha busca silenciosa. Quero encontrar uma história de banca que me faça sentir novamente toda a paixão que um dia eu senti lendo livros do tipo. Decidi resgatar a empolgação que me dominava quando os lia na minha adolescência, e para isto escolhi seguir acompanhando a trilogia Escravo de Denise Lynn. Não vou negar que levando em consideração a completa decepção que foi a leitura de Noite de Núpcias, considerei nunca mais ler nada desta autora mas eu simplesmente não consigo deixar nada pela metade, e já que é pra fazer não temos porque adiar, né? Os protagonistas desta trama já haviam aparecido brevemente na anterior e eu estaria mentindo se dissesse que não me interessei por seus dramas. No final das contas, fico feliz em dizer que embora não seja excepcional, esta história possui mais pontos positivos que sua antecessora.
Coleção: Escravo #02
Autor (a): Denise Lynn @DeniseLynn
Gênero: Romance +16
Minha avaliação: 3/5★
Após sete anos de escravidão, lutando por sua vida em arenas que propiciavam entretenimento às grandes massas que clamavam por sangue e morte, Guy finalmente está de volta ao seu país e sua fortaleza, contudo o cenário com o qual ele se depara é desolador. Pela primeira vez em gerações os portões de Hartford estão fechados com o intuito de esconder a vergonha de sua senhora. Passar tanto tempo sonhando com o dia em que retornaria para o seu lar e poderia novamente estar nos braços de sua amada esposa, não o preparou para a recepção tão pouco honrosa que lhe esperava. Chegar em casa e não ser reconhecido pelos seus homens é um transtorno mínimo diante do fato de ter que presenciar Elizabeth dando a luz ao filho de outro. E pra piorar, Guy trouxe com ele demônios dos quais não consegue se livrar e que ameaçam a segurança do seu povo e da sua família. Como se readaptar a civilidade que sua posição e título exigem, depois de ter se transformado em um monstro?
Eu sinceramente não sei como a Denise conseguiu escrever uma personagem ainda mais chata que a Adrienna, neste caso Elizabeth ainda detém o desprazer de ser uma mulher fraca que tenta a todo custo demonstrar uma força da qual não dispõe, e se isso não bastasse, a lady de Hartford é mimada e muito sem noção. Se o enredo se baseasse exclusivamente na relação do lorde Guy com sua esposa, eu teria abandonado esta leitura sem qualquer pudor. Achei louvável ele ter entendido a situação a qual Elizabeth esteve exposta durante sua ausência, e admito que fiquei surpresa com a facilidade que ele superou o assunto. E isso é tudo que se salva deste casal, todo o resto que se refere a eles é desinteressante, maçante e repetitivo. Felizmente, a autora trouxe um algo mais que conseguiu prender minha atenção, enquanto prisioneiro o conde de Hartford se tornou um guerreiro que matou muitos para se manter vivo, o agravante nesta situação é que Guy desenvolveu certo gosto pela coisa, e agora que ele consegue ceifar vidas de forma deliberada estar em casa não parece certo. Acompanhar a jornada do conde rumo a libertação trouxe camadas importantes para a história, e só por isso a considero melhorzinha que Noite de Núpcias.
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