Minha vida com livros se resume facilmente em antes e depois de Corte de Espinhos e Rosas. Ler esta obra foi, sem sombra de dúvidas, meu divisor de águas literário. Meu primeiro contato com a escrita da Sarah J. Maas abriu meus horizontes para um gênero que eu acreditava não gostar, e ao qual, até então, sequer havia dado uma chance real. Já nas primeiras páginas, entendi que havia encontrado um estilo de história capaz de fazer vibrar cada célula do meu corpo: a escrita, o enredo, a ambientação, os personagens... Era tudo atraente demais para se manter indiferente. E hoje, cerca de seis anos após esta experiência ímpar, decidi revisitar este universo. Imaginem a minha surpresa ao perceber que o meu eu de hoje amou tudo tanto quanto ou talvez até mais que o meu eu do passado. Sarah ainda é um fenômeno, sua bibliografia cresce com o passar dos anos e eu sigo fã, do tipo que anseia por suas novas publicações e que leria até sua lista de compras. Corte de Espinhos e Rosas é o primeiro livro de uma série em andamento, mas, indo além do óbvio, é meu primeiro amor fantástico.
Corte de Espinhos e Rosas (A Court of Thorns and Roses)
Coleção: Corte de Espinhos e Rosas #01
Autor (a): Sarah J. Maas @SJMaas
Publicação: Galera
ISBN: 9788501105875 | Skoob
Gênero: Fantasia +16
Ano: 2015
Páginas: 434
Minha avaliação: 4/5★
Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família. Após matar um féerico transformado em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação. Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira que ela só conhecia através de lendas, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la... Ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
Releitura nunca foi um hábito para mim. Eu costumava acreditar que as primeiras impressões deveriam permanecer, não importa quão boa ou ruim uma história fosse; contudo, o tempo traz experiências e reformula nossas crenças e opiniões. Minhas percepções atuais me fizeram entender que vivências pessoais contribuem ativamente para a nossa visão de mundo e, dessa forma, o que parecia preto antes pode parecer branco em algum momento no futuro. Ainda assim, nada disso é uma matemática exata. Mas a possibilidade existe, sabe? Muitas vezes, as coisas se transformam e precisamos estar dispostos a enxergá-las de todas as formas possíveis. Então, hoje eu releio livros e revejo opiniões. Neste caso em específico, confesso que tive muito receio de não amar esta obra como na primeira vez, mas meu temor se provou infundado. Ao mesmo tempo em que alimentei a sensação de estar na companhia de um velho amigo, parecia que eu o estava lendo pela primeira vez.




