[Resenha] Mil palavras - Jennifer Brown

12 de setembro de 2018

Hello peoples!
Em tempos de setembro amarelo (campanha que visa a prevenção do suicídio) tive acesso a alguns títulos que abordam cyberbullyingrevenge porn, sexting, entre outras situações que podem fragilizar enormemente suas vítimas e levá-las ao limite. Então estou aproveitando a oportunidade que me foi concedida e decidi abrir espaço para este assunto aqui no blog. Quem me conhece sabe que sou extremamente distraída com datas e campanhas e quando me dou conta já perdi a chance de participar do que quer que seja. Sendo assim não garanto nenhum grande evento, mas prometo tentar reunir um número considerável de informações e compartilhá-las aqui e em nossas redes sociais. Mil palavras é o mais recente lançamento de Jennifer Brown, autora de A lista negra e Amor amargo, que costuma abordar problemáticas relevantes, como reflexo da própria adolescência e com o intuito de inspirar jovens que passaram ou estão passando pela mesma situação de seus personagens. Dito isto, vamos a resenha.

Mil palavras (Thousand Words)
Autor (a): Jennifer Brown @JenBrownBooks
Publicação: Gutenberg *Cortesia
ISBN: 9788582354711 | Skoob
Gênero: Romance
Ano: 2018
Páginas: 208
Minha avaliação: 4/5★
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O namorado de Ashleigh, Kaleb, está prestes a partir para a faculdade e a jovem está preocupada que ele se esqueça dela. Então, em uma famosa festa de final do verão, as amigas de Ashleigh sugerem que ela mande uma foto nua para ele. Antes que possa mudar de ideia, Ashleigh vai para o banheiro, tira uma foto de corpo inteiro em frente ao espelho, e aperta a tecla “enviar”. Mas o término do relacionamento do casal é ruim e, para se vingar, Kaleb encaminha a foto para sua equipe de beisebol. Em pouco tempo, a foto viraliza, atraindo a atenção do conselho da escola, da polícia e da mídia local. A pena ordenada a Ashleigh pelo tribunal é prestar serviço comunitário, e é onde ela conhece Mack, um jovem que oferece uma nova chance de amizade, e é o único que recebeu a foto e não olhou.
Uma das coisas que mais gosto na literatura é a possibilidade de ter acesso a várias vertentes de um mesmo assunto. Inclusive não faz muito tempo que estava defendendo veementemente essa ideia, afinal pessoas diferentes reagem de formas diferentes em situações iguais/parecidas, não dá pra ficar esperando e torcendo por aquela "receitinha de bolo", e depois ficar reclamando que tudo é mais do mesmo, e quando ter acesso a algo que sai do padrão, ficar incomodado e achando que a história não seguiu os caminhos que deveria. Acreditem, exite muito disso por ai. O fato é que no mundo real nem tudo são doces e flores, as pessoas não são totalmente boas ou más, os protagonistas não acertam em todas a decisões e nem sempre é possível viver felizes para sempre. Então porque somos tão relutantes em aceitar isso na literatura? Jennifer Brown nos apresenta um roteiro incomum, que diverge do esperado pela maioria mas certamente representa alguém em algum lugar nesse mundão de meu Deus.

[Resenha] Tudo aquilo que nos separa - Rosie Walsh

2 de setembro de 2018

Olá pessoas!
Recentemente recebi uma prova antecipada de Tudo aquilo que nos separa de Rosie Walsh, e antes de embarcar de vez na leitura dei uma pesquisada a respeito, não sei se esse é o caso, mas ao que parece este pode ser mais um daqueles livros ou ame ou odeie, isso porque a trama nada comum pode te deixar completamente viciado na história ou te entediar logo nas primeiras páginas, sem falar da intensidade de alguns sentimentos que na ausência de empatia podem soar sem nexo. Minha experiência foi maravilhosa, isso porque eu me propus a entender antes de julgar, o que ajuda muito. Vai por mim. Então antes de seguir lendo minha resenha, ou de pensar em iniciar essa leitura peço que vocês reflitam sobre o amor a primeira vista, mas não estou falando de "ah! Que pessoa legal, quero conhecer melhor.", me refiro ao amor no sentido mais amplo da palavra, quando você bate o olho naquela pessoa e simplesmente sabe, naquele momento que não se explica de forma racional mas se sente em cada célula do corpo, no amor que da sentido e pelo qual se quer lutar. Se você acredita na existência de algo dessa magnitude então você fará uma leitura maravilhosa, caso contrário, talvez não acredite nessa história também. O livro já está em pré-venda e o lançamento está previsto para 10/09.

Tudo aquilo que nos separa (Ghosted)
Autor (a): Rosie Walsh @rwalsh
Publicação: Record *Cortesia
ISBN: 9788501113771 | Skoob
Gênero: Romance
Ano: 2018
Páginas: 336
Minha avaliação: 5/5★
Sete dias perfeitos e então ele desapareceu. Imagine a seguinte situação: você conhece um homem, vocês passam sete dias maravilhosos juntos, e você fica apaixonada. E o que é melhor: o sentimento é recíproco. Você nunca teve tanta certeza de algo na vida. Então, quando ele parte numa viagem de férias agendada há muito tempo e promete te ligar para o aeroporto, você não tem nenhum motivo para duvidar disso. Mas ele não liga. Seus amigos dizem que você deve desencanar, que deve esquecer o cara, mas você sabe que eles estão errados. Eles não sabem de nada. Algo de ruim deve ter acontecido, deve haver um motivo sério para explicar o silêncio dele. O que você faz quando finalmente descobre que tem razão? Que existe um motivo ― e que esse motivo é a única coisa que vocês não compartilharam um com o outro? A verdade.
Quando recebi a Caixa VIB contendo uma prova antecipada de Tudo aquilo que nos separa, não fazia ideia do que esperar, embora alguns indícios apontassem para uma trama no mínimo comovente, não imaginei que esta leitura me levaria ao ápice da aflição, me arrasaria e depois juntaria meus caquinhos. A intensidade dessa história é moldada a dilemas dolorosos e a decisões abrangentes. A escrita linear da Walsh nos leva por um caminho sem grandes acontecimentos ou reviravoltas que se mantém com um mistério torturante. A combinação de romance e suspense é algo novo pra mim, ainda não havia tido a oportunidade de experimentar uma mistura tão intrínseca desses dois gêneros, isso porque a apresentação de ambos é irrestrita nessa narrativa, não sendo possível pender para um ou para o outro. Foi muito fácil me deixar abraçar pelos dramas desses personagens, a autora passa uma verdade que de tão desconcertante poderia facilmente ser real. Um enredo pé no chão, que convence, sensibiliza e conquista na mesma medida. Um livro arrebatador.