Resenha #158 - Ligeiramente casados - Mary Balogh

30 de novembro de 2014

Olá galera! Os livro de época estão em alta nos últimos tempos, um gênero que possui leitores assíduos e que tem tido diversas publicações de séries e individuais. Eis aqui mais uma série de época que promete arrancar suspiro dos leitores do gênero.

Titulo: Ligeiramente Casados (Os Bedwyn #01)
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Arqueiro
N° de Páginas: 288
À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse Custe o que custar!. Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum. Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias. Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar. Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados.

Aidan Bedwyn se vê a caminho de Solar Ringwood propriedade em que vive Eve Morris, após assumir o compromisso de levar pessoalmente a notícia da morte do irmão da moça e protegê-la custe o que custar. A princípio o capitão acredita que não terá muito o que fazer pela jovem rica e autossuficiente, mas nem tudo é o que parece, Eve está prestes a perder tudo e só o casamento irá impedir que ela e os seus dependentes fiquem desamparados.

Ao iniciar a leitura imaginei que seria uma estória intensa, cheia de paixão explosiva e etc., mas imaginem a minha surpresa ao perceber no decorrer do enredo que o que prometia intensidade me contemplou também com profundidade, o livro possui uma estória bem construída e personagens bem desenvolvidos, uns mais misteriosos que outros, mas isso só acrescentou na estória. Eve é um livro aberto, mesmo alguns detalhes misteriosos de sua vida não intimidam o leitor, já que é possível supor as repostas logo de inicio. O coronel Bedwyn no entanto é um desafio a parte, um homem de poucas palavras e de poucos pensamentos, não ajuda muito o leitor na tentativa de desvendar os mistérios de sua vida, principalmente no que se refere a relação com os irmãos. O coronel Aidan Bedwyn trás em sua presença enigmática e misteriosa uma intensidade desconcertante, mas também um senso de honra inabalável.

O coronel lorde Aindan Bedwyn trás consigo a rigidez característica dos lordes e ladys da família Bedwyn, sério, frio e distantante, parece uma rocha ao invés de um homem, a personalidade hostil do personagem pouco intimida Eve Morris, uma mulher de fibra e decidida, ao mesmo tempo em que é generosa e acolhedora, amável por natureza, mas longe de ser fraca é uma mulher de fibra que luta por aqueles que ama. O desenrolar do envolvimento entre os protagonistas se dá de forma lenta e sutil, o que me agrada, gosto de romances intensos e repentinos, mas os que são construídos no decorrer da estória sempre me parece mais real. Eve e Aidan são personagens fortes e determinados e sem sombra de dúvidas desconfiados, perceber a evolução da relação e notar um derrubando as reservas do outro foi deveras encantador.

Durante a leitura foi quase impossível não comparar os Bedwyn com os Bridgertons, estes últimos personagens do último livro de época que li. Ambas as famílias apresentam diversas semelhanças e divergências entre si, desde o modo de pensar ao como se portar tanto em família quanto na sociedade londrina. Ambas as estórias remetem a um mesmo ambiente, família grande, nobre e rica, cujos integrantes vivem em uma sociedade bem dividida. Apesar disso, não poderiam ser estórias mais diferentes uma da outra. Os Bridgertons são a personificação do bom humor e da leveza, apesar de uma família decidida e segura, são sensíveis e queridos. Os Bedwyn são temidos, mascaram suas emoções e não permitem que seus pontos fracos sejam acessados nem mesmo pela própria família, são mais rígidos e diversas vezes rudes. Esta última é uma família marcada pelo dever e pela honra, em sua maioria infelizes, esse fato em especial me chamou a atenção e comoveu, após ler tanto amor partilhado entre os irmãos Brigertons, me senti pesarosa pela formalidade insensível da relação entre os irmãos Bedwyn. 

A família Bedwyn tem um grande destaque na trama, somos apresentados ao duque Lorde Wulfric, o mais frio de todos até o momento, líder do legado, possui quase que total poder sobre os irmãos.  Lady Freyja, trata-se de uma jovem sagaz e astuta e até um pouco metida, luta para recuperar o coração partido, Lady Morgan a caçula dentre todos os irmãos, é uma jovem impulsiva e vivaz, ainda não debutou em Londres e é obrigada (pelo duque) a estudar exaustivamente. Lorde Alleyne, o mais jovens dentre os homens, é sarcástico, jovial e sorridente, o mais descontraído e informal dentre todos os Betwyn e por fim temos Lorde Rannulf o irmão que irá protagonizar o próximo livro da série e cuja personalidade é a mais normal até o momento, teve pouco espaço nesse primeiro volume, mas sua presença foi notada de forma positiva.

A série contará com seis livros, cada volume trará a estória de um irmão. Já estou ansiosa pelo próximo lançamento, além de amar o gênero, ter gostado bastante desse primeiro volume e ter simpatizado com Rannulf, estou ansiosa para ir mais a fundo no mistério dessa família tão intrigante. Ah! Perceberam que os nomes dos irmãos são absurdamente estranhos?? Segundo Aidan a mãe deles era leitora assídua o que teve influência direta nos nomes escolhidos por ela e para eles.


Confira esse e outros livros incríveis, além de muitas novidades 
legais na Fan Page da editora.

4 comentários

  1. Ah eu quero, eu gosto de contos de Época! *---*

    www.byanak.com.br

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  2. Oi Delmara querida tudo bem? Já li este livro e ameiiiii nossa estou cada vez mais apaixonada por romances de época, se tu gostou ter indico O Duque e Eu conhece? da Julia Quinn! Eu amei o Aidan mesmo com toda sua "frieza" não sei se classificaria o livro como hot, por apesar de existir o sexo é bem casto, hahaha enfim amei amei e estou louca para a continuação!

    Beijos Joi Cardoso
    Estante Diagonal

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    1. Olá Joi,
      A cada lançamento também me apaixono mais por esse gênero.. Já li o Duque e eu, inclusive já li todos os livros dessa série publicado pela editora. Quanto a clasificação, uso duas aqui no blog, uma +16 para cenas explícitas menos frequentes e nem tão detalhadas que é o caso desse livro e +18 para cenas explícitas cheias de detalhes e o que mais aprouver a imaginação do autor. Também não considero o livro hot, apenas sinalizei que há cenas que considero não tão leves, mas também não tão pesadas. Obrigada por comentar!

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